Direito Agrário

Empresa japonesa inova ao anunciar a primeira fazenda operada por robôs do mundo

“Uma empresa japonesa vai abrir a primeira fazenda do mundo operada por robôs industriais, na qual a tecnologia é a responsável pela realização do processo de produção desde o cultivo até a coleta das hortaliças.

O espaço de 4.400 metros quadrados fica na cidade de Kizugawa, ao sul de Kioto, na parte central do Japão, e vai começar as suas operações em meados de 2017 com uma produção diária de 30 mil pés de alfaces e escarola, disse um porta-voz da Spread, empresa que realiza o projeto.

No local vão ser produzidas quatro variedades de hortaliças – escarola e as alfaces Batavia, romana e Lollo Rossa -, e os robôs vão realizar todos os trabalhos, com exceção da semeadura.

‘É tecnicamente possível automatizar a semeadura também, mas decidimos não fazê-lo porque consideramos que seria pouco prático a efeitos de custo-efetividade’, explicou a companhia.

Por meio desta automatização, a Spread garantiu que é possível reduzir o custo de mão de obra até pela metade, além de diminuir em 20% as despesas com energia, o que possibilita que as hortaliças cheguem ao consumidor com um preço mais acessível”.

Fonte: Agência EFE (imagem destacada: Spread).


Nota de DireitoAgrário.com: segundo Albenir Querubini, Professor de Direito Agrário e Vice-Presidente da UBAU (www.ubau.org.br), “o emprego da tecnologia que está sendo implantada pela empresa japonesa Spread dará início ao nascimento de um novo paradigma da agricultura, uma vez que viabilizará a implantação da chamada ‘agricultura vertical’, na medida em que viabilizará o cultivo de determinadas culturas em prédios. Nesse sentido, nasce uma solução concreta ao problema da escassez de áreas de solo para cultivo ‘tradicional’. Além disso, a consolidação da ‘agricultura vertical’ servirá também para possibilitar no futuro o ingresso definitivo da agricultura no interior das cidades, uma vez que a proposta dispensa o uso de agrotóxicos. Ou seja, com o sucesso da proposta será possível no futuro que os planos diretores das cidades já passem a prever áreas das cidades destinadas à exploração da atividade agrária dentro das cidades, contribuindo diretamente com a qualidade e oferta de produtos à população local, assim como já ocorre com os outras atividades, a exemplo da indústria e o comércio. A questão que surge agora é se estamos diante de uma nova ‘revolução’ agrícola, que vai trazer uma nova classificação entre os imóveis agrários: imóveis agrários horizontais e imóveis agrários verticais”.

Para saber mais, acesse o site da empresa Spread clicando aqui.

Abaixo, confira fotos e imagens da Spread e seus projetos (extraídas de seu site):

Projeto da nova planta onde serão cultivados as hortaliças com o emprego de robôs.

Veja também a seguinte reportagem da TV Al Jazeera sobre a Spread (em inglês):

Veja também:

– Inovação e tecnologia no agro: cresce o uso de aplicativos pelos produtores rurais (Portal DireitoAgrário.com, 20/09/2016)

– Inovação tecnológica entre ações da política pública para a agricultura familiar (Portal DireitoAgrário.com, 20/09/2016)

– Inovação: vem aí a primeira fazenda flutuante do mundo (Portal DireitoAgrário.com, 21/06/2016)

– Inovação tecnológica: técnica permite imprimir alimentos customizados através de impressão 3D e apresenta mudança na forma de processar proteínas vegetais e do leite (Portal DireitoAgrário.com, 04/05/2016)

– Inovação e tecnologia no agro: Empresa CropBox lança “contêiner fazenda” para produção de hortaliças e frutas (Portal DireitoAgrário.com, 30/03/2016)

– Uso de tecnologias é o principal fator de geração de riqueza no meio rural (Portal DireitoAgrário.com, 22/11/2016)