quinta-feira , 28 março 2024
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Direito Agrário

Plataformas eletrônicas de comercialização de produtos agrícolas: a nova forma de comprar e vender commodities

“Tecnologia aproxima vendedores e compradores de matérias-agrícolas e funciona 24h por dia, oferecendo facilidade e possibilidade de maiores ganhos.

 O futuro do agronegócio já está disponível agora, através das plataformas digitais para negociação de commodities. Essa nova forma de comprar e vender matérias-primas agrícolas, que aproxima mercados e está disponível 24 horas por dia, ganha cada vez mais espaço nas cadeias agropecuárias do país.

João Batista Cardoso foi um dos idealizadores da primeira plataforma brasileira voltada à comercialização de commodities, a FortisAgro, da qual ele é presidente. Juntamente com outros empresários do setor, ele investiu em pesquisa e tecnologia para chegar a um modelo que permitisse operações simples e rápidas.

Ele afirma que o sistema está preparado para receber produtores, cooperativas, cerealistas, agroindústrias e traders. ‘Nós temos 85 mil agroindústrias no Brasil e 5,2 milhões de produtores. A plataforma permite que sejam comercializados soja, trigo, milho, arroz, algodão e todos os seus subprodutos’, informa Cardoso.

A movimentação financeira diária da FortisAgro gira em torno de R$ 400 mil. O acesso à tecnologia é gratuito, cruzando oferta e demanda ao mesmo tempo em que promete facilidade e lucros mais altos.
A diferença dos modelos convencionais de comercialização, segundo o presidente da empresa, é que ela está no ar 24 horas por dia e é mais abrangente. ‘O produtor do Rio Grande do Sul pode vender para São Paulo, São Paulo pode vender para o Nordeste’, diz ele, sustentando ainda que plataforma permite vender os produtos por até 10% acima do valor de mercado, já que oferece maior transparência.

A forma convencional de negociar, afirma, ela é demorada e envovle muitos agentes. ‘Aqui, qualquer pessoa muito básica consegue colocar indicação de venda, consegue transformar em oferta firme e fechar negócio com a maior facilidade’, conta Camargo.

Desde 2011, quando passou a funcionar, a plataforma já contabilizou cinco milhões de operações.

Edivaldo Santos, diretor operacional de um dos principais moinhos de trigo do país, rendeu-se às facilidades da tecnologia. Ele conta que, para se cadastrar na plataforma, é preciso fornecer alguns documentos e estabelecer os parâmetros das empresas com quem se quer comercializar e quais os tipos de produtor. ‘Automaticamente, as pessoas que você parametrizou recebem e-mails e elas começam a se encontrar’.

O potencial existente na agropecuária brasileira também chamou a atenção de um grupo que mantém uma plataforma internacional de livre mercado nas cadeias de alimentos e bebidas, a Agroplace. A proposta da empresa, que tem negócios no Vietnã e na África, é aproximar o mercado brasileiro de importadores americanos e europeus.

A essência dos sistema é de uma plataforma B2B, ou seja, “business to business”, de acordo com a diretora de tecnologia da informação da Agroplace, Yaissa Siqueira. ‘A gente quer aproximar s vendedores e compradores do mundo inteiro, empresas vendendo para outras empresas, de pequeno, médio e grande porte’, diz ela, acrescentando que a empresa está presente em 14 países.

O diretor-executivo da Agroplace, Luis Anderson, explica que a proposta é divulgar a plataforma para associações e cooperativas rurais de todo país, atingindo um público que vive no campo que está conectado com novas tecnologias.
Ele considera que o mercado brasileiro já está maduro para esse tipo de negociações.

‘Existe toda uma geração de filhos de produtores, pecuaristas, agricultores que está vendo o futuro e pode ter uma integração muito maior e ser partícipe do negócio’, afirma Anderson”.

Fonte: Canal Rural, 09/02/2016.  Assista a matéria em vídeo, clicando aqui.

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* Nota de DireitoAgrário.com: “A internet revoluciona as rotinas do campo com iniciativas bem sucedidas de plataformas eletrônicas que aproximam produtor e comprador de produtos agrícolas. Trata-se da nova revolução tecnológica que chega ao campo. Ao Direito Agrário cumpre identificar os diversos e sucessivas contratos agrários, verbais ou solenes, em cada etapa de comercialização. Assinaturas eletrônicas ou consentimentos virtuais geram, extinguem e modificam direitos, motivo pelo qual o profissional do Direito Agrário deve estar atento“. Por Maurício Fernandes, Consultor Jurídico em Direito Agrário e Ambiental (www.mauriciofernandes.adv.br).


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 Para saber mais sobre o assunto, assista o vídeo de apresentação da Plataforma da FortisAgro.com:

 


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Sobre o assunto, veja também:

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